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A economia solidária nos processos de produção e comercialização

A economia solidária nos processos de produção e comercialização de produtos agroecológicos e orgânicos


A Economia Solidária constitui um modelo de economia alternativo, em contraposição à Economia Capitalista, uma vez que está voltada à possibilidade de geração de trabalho e renda para os segmentos excluídos da população, à integração de quem produz, quem vende, quem troca e quem compra e, também, é um modo de produção e de organização que tem como foco o homem e o seu fazer produtivo. Autores renomados como José de Souza Martins e Paul Singer sublinham a necessidade de repensar as estruturas tradicionais de produção e distribuição de riqueza. Seus princípios fundamentais são: adesão voluntária e esclarecida dos membros, participação democrática em processos decisórios, autogestão, cooperação, intercooperação, promoção do desenvolvimento humano, preocupação com a natureza, preocupação com a comunidade e com a produção, o consumo ético e a solidariedade.


Quanto à diferença entre a produção orgânica e agroecológica, ambos prezam pelo fornecimento de alimentos mais seguros à saúde, sem o uso de agrotóxicos. A produção agroecológica é uma prática agrícola mais multidisciplinar, pois envolve as dimensões sociais, políticas, econômicas e culturais. Ademais, outra diferença é que a agroecológicos está voltado a manutenção das vocações agrícolas tradicionais, enquanto a produção orgânica muitas vezes é feita com base na monocultura e independe de ser parte dos costumes e hábitos locais, podendo ser realizada por produtores de distintas regiões ou até mesmo de fora do país, ao passo que a agroecológica é voltada para o pequeno produtor local.


A importância da economia solidária está respaldada como um caminho viável para promover uma sociedade mais justa, reduzindo desigualdades, fortalecendo comunidades e fomentando o desenvolvimento local sustentável. Além disso, contribui para a resiliência econômica em momentos de crises, ao promover formas alternativas de produção e consumo. No entanto, a transição para a economia solidária enfrenta desafios significativos, como a falta de acesso a recursos financeiros e infraestrutura, capacitação e formação adequadas, concorrência desleal com os métodos tradicionais (produção, consolidação do trabalho, etc.), o que representa uma barreira substancial para a viabilidade e crescimento dessas iniciativas. Reconhecendo o potencial transformador desse modelo, é possível superar esses obstáculos, promovendo políticas públicas de incentivo, aplicando transformações nos sistemas educacionais e a sensibilização da sociedade, criando espaços que discutam a relevância de adotar esse tipo de economia.


Por fim, pode-se afirmar que organizações solidárias são resultadas das constantes lutas sociais no espaço rural, por melhores condições de vida, por um reconhecimento que proporcione certa integração no cenário social, econômico e cultural. Os impactos socioambientais trazidos pela economia solidária promovem uma relação de equilíbrio entre indivíduos e a natureza; promove um comércio mais justo; combate à pobreza e à exclusão social e também à melhor geração de rendimentos para agricultores. Quanto às perspectivas de futuro, espera-se que com seu crescimento a economia solidária venha desencadear na diminuição da desigualdade; melhores condições de vida e uma maior organização social, possibilitando em uma sociedade mais organizada e promovendo um crescimento inclusivo.


Autores: Bianca Sousa, Myller Severo e Poliana Machado.

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