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AGROECOLOGIA E RESPOSTAS ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O clima é definido como as condições médias dos elementos climáticos (temperatura, umidade, precipitação ou qualquer outro fenômeno atmosférico) que caracterizam uma região em um determinado intervalo de tempo, ou seja, essas condições dependem do período utilizado. Entretanto, devido principalmente as ações humanas adotadas nas últimas décadas (as atividades produtivas passaram a ser movidas por combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural. Quando queimados, eles liberam diversos gases na atmosfera, formando uma camada de gases na superfície terrestre), o clima vem sofrendo mudanças drásticas devido a alteração da composição da atmosfera e consequentemente o agravamento do efeito estufa.


O excesso de emissão e concentração de gases como CO2, CH4, N2O e SF6 na atmosfera provoca uma absorção maior da radiação do sol e consequentemente do calor, o que torna a temperatura média da terra mais alta – Aquecimento Global - provocando assim o derretimento de geleiras, o aumento do nível do mar e outras mudanças climáticas. Este excesso de emissão é proveniente de processos como a queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão), desmatamento e uso da terra através da agricultura e pastagens.


Por sua vez, as mudanças climáticas se manifestam causando efeitos variados, preocupantes e afetam não somente a natureza, como também o ser humano. A poluição do ar, por exemplo, causada pela queima dos combustíveis fósseis, pode gerar problemas respiratórios e ainda elevar a mortalidade devido às doenças cardiovasculares e pulmonares. As mudanças no clima podem ainda aumentar os casos de doenças transmitidas por vetores e enfermidades infecciosas, além de causar o aumento da temperatura global do planeta, o derretimento das geleiras polares, tempestades mais intensas e períodos de seca mais frequentes.


Em resposta à essas Mudanças Climáticas, destaca-se a agroecologia, e isso se dá principalmente pela importância dada à saúde do solo. O solo saudável desempenha um papel vital na mitigação das Mudanças Climáticas, dado seu poder de capturar gases de efeito estufa. No entanto, o solo está em perigo devido à degradação contínua, com previsões alarmantes sugerindo que a camada superficial do solo mundial pode desaparecer em apenas 60 anos, de acordo com as Nações Unidas.


Para equilibrar nosso clima e reabastecer nossos recursos hídricos, bem como garantir a segurança alimentar global, é essencial adotar práticas de agricultura regenerativa. Essa abordagem agrícola abraça a agroecologia como seu principal componente, promovendo práticas como rotação de culturas (ajuda a manter a saúde do solo, evitando a exaustão de nutrientes específicos), plantio direto (evita a liberação de CO2 armazenado no solo, já que não executa aração), redução do uso de fertilizantes e defensivos (diminui a poluição do solo e da água, bem como a liberação de gases de efeito estufa associados à produtos e ao transporte desses produtos químicos), e o cultivo de adubos verdes. A agroecologia, ao adotar essas práticas, contribui não apenas para a melhoria do solo, como também para a diminuição da poluição, a preservação da biodiversidade e a proteção dos recursos hídricos. Além disso, esse sistema de produção de alimentos regenera e mantém ecossistemas saudáveis, beneficiando tanto as comunidades rurais quanto os consumidores.


Em um cenário global onde as Mudanças Climáticas são uma ameaça iminente, a agroecologia representa uma abordagem holística para a agricultura sustentável. Sua ênfase na regeneração do solo e na mitigação climática por meio do sequestro biológico do carbono torna-a fundamental para enfrentar os desafios ambientais, bem como promover a resiliência e a sustentabilidade na agricultura. Portanto, a agroecologia não é apenas uma resposta, mas uma solução poderosa para as Mudanças Climáticas, com benefícios que vão além do campo agrícola, afetando positivamente o clima, a biodiversidade e a qualidade de vida das comunidades rurais e urbanas.


Autores: Bruna da Silva Souza, Maria Alice Tavares e Vinicius de Mello

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