Com a junção da agroecologia e o modo de produção sustentável, a agricultura urbana aparece nas cidades com o intuito de criar espaços de cidadania através da sustentabilidade e da produção de alimentos livres de agrotóxicos. A agroecologia urbana tem o forte princípio de resgatar as relações do mundo rural com o urbano, mostrando como é possível ter acesso a um alimento limpo perto de casa. Uma das maiores características da agroecologia urbana é a transformação de áreas degradadas em espaços de cidadania que geram renda e promovem a sustentabilidade. Dessa forma, quintais, terrenos, varandas de casas, entre outros locais, passaram a ser espaços de produção de alimentos, melhorando a qualidade da alimentação, sendo irrefutável sua contribuição como forma de promoção da saúde.
Outro ponto relevante é a questão da socialização, pois com as fases de plantio as pessoas cuidam dos locais, trocam mudas e conhecimentos, e assim consequentemente resgatam laços de sociabilidade perdidos no meio urbano. Portanto, com o passar do tempo a agroecologia urbana vem sendo apontada como uma via de geração de impactos positivos relacionados a qualidade de vida e saúde, como no tratamento e prevenção da depressão e do estresse, na diminuição da ansiedade e melhora da autoestima, sendo implementada em escolas, hospitais, centros comunitários, terrenos baldios e praças, ressaltando a sua importância para a sustentabilidade. Outrossim, é totalmente relevante abordar que a agroecologia em tempos de desabastecimento nas cidades, funciona como uma via de ajuda, ampliando as relações e tornando-se um fator de transformação social.
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