Ao mobilizar recursos bióticos e abióticos - como a água, a luz, os nutrientes, o solo, as plantas, os animais e os micro-organismos - para a construção de sistemas agroecológicos, é preciso ter como referência principal os ecossistemas naturais. Isso porque nos agroecossistemas em que se conservam a biodiversidade e que promovem cultivos saudáveis e conscientes alcançarão, da melhor forma, o desenvolvimento rural sustentável.
Apesar de se assemelhar aos ecossistemas naturais, na agroecologia também existem técnicas a serem seguidas, sendo que não pode haver um tratamento completamente desordenado e solto. Para o manejo desses recursos, então, além de ser necessária uma boa observação da natureza, são utilizadas técnicas como a adubagem verde, a capina e a roçagem seletiva, por exemplo, com o fito de manter o solo sempre vivo, coberto, úmido e diversificado.
A fim de atingir esse objetivo, é importante também priorizar valores agroecológicos, de modo a tentar superar a visão da agricultura tradicional e incorporar, no manejo do solo e no cultivo, a preocupação com o meio ambiente e com a sociedade.
Não existe uma fórmula pronta para a construção dos sistemas agroecológicos, mas há, de fato, etapas essenciais desse processo. São elas:
Dica:
*Reduzir a dependência de insumos comerciais;
*Utilizar recursos renováveis e disponíveis no local;
*Enfatizar a reciclagem de nutrientes;Introduzir espécies que criem diversidade funcional no sistema;
*Desenhar sistemas que sejam adaptados às condições locais e aproveitem, ao máximo, os microambientes;
*Manter a diversidade, a continuidade espacial e temporal da produção;
*Otimizar e elevar os rendimentos, sem ultrapassar a capacidade produtiva do ecossistema original;
*Resgatar e conservar a diversidade genética local;
*Resgatar e conservar os conhecimentos e a cultura locais.
Clara Tenório e Lara Menezes
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