A resposta é sim! Claro que pode.
Na direção de um caminho mais livre de agrotóxicos e fertilizantes, a homeopatia é uma parceria bem animadora para garantir os passos dessa jornada.
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A homeopatia, ciência desenvolvida pelo médico alemão Samuel Hahnemann, possui diversos pontos em comum com a agroecologia, sendo um deles a abordagem completa (holística) do ser vivo, seja ele um indivíduo, animal ou até mesmo um vegetal. A busca pelo equilíbrio nessa ciência é prioridade, considerando também todo o ecossistema que o compõe. Etimologicamente a palavra “homeopatia” traduz a premissa de que “o semelhante cura o semelhante". Sendo assim, a administração de doses mínimas de um preparado homeopático pode ser capaz de restaurar o equilíbrio de um organismo pelo próprio agente causador do desequilíbrio, mediante doses monitoradas e previamente experimentadas. Vale ressaltar, que no contexto da agroecologia, o produtor assume o papel de experimentador, determinando as doses necessárias para os preparados que deseja aplicar em sua produção.
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Além disso, relembrar da agroecologia é muito importante, uma vez que essa ciência é essencial para a construção de um ambiente minimamente sustentável, que possa abrigar práticas como a da homeopatia. Integrar melhor o meio ambiente com as produções agrícolas, sem deixar de lado as necessidades e interesses dos pequenos agricultores (os quais por vezes sustentam-se em uma agricultura familiar), torna essa ciência um grande instrumento de resistência ao modelo capitalista atual.
Nesse cenário, a ciência da homeopatia, se encaixa na agroecologia com muito sucesso por três fatores:
compreendendo o papel de todo organismo vivo no contexto biológico, essa linha – a qual não se limita apenas ao ser humano
Promovendo o equilíbrio na saúde do ser por meio de práticas menos invasivas e não debilitantes
consolidando-se assim como a agroecologia como uma forma de resistência a um modelo convencional, no caso da homeopatia, o biomédico
A inserção dessa terapêutica na agroecologia é muito relevante, uma vez que, além da sustentabilidade dos recursos naturais ser priorizada, a economia financeira pela redução do uso de fertilizantes e agrotóxicos é evidente. Além disso, os preparados homeopáticos possuem origem natural- vegetal, animal e mineral- não tendo elevados custos para a sua produção, tornando essa terapêutica acessível à população.
De tais preparações podem se obter nosódios, que são os preparados nos quais o causador da doença (um inseto, por exemplo) é usado como base para o medicamento. Através dos nosódios é possível tratar doenças em plantações e animais. Carrapatos ou pragas podem ser combatidos substituindo o uso a substituir a utilização de insumos químicos na agricultura.
Utilizar dessa terapêutica na agricultura pode estimular a harmonia entre conhecimentos científicos modernos e a tradição local, não sobrepondo a ciência aos saberes pré existentes que também possuem relevância. É válido lembrar que a homeopatia, acima de tudo, é uma tecnologia social. Portanto ela é acessível, efetiva e capaz de resolver, inclusive junto a população, os problemas que propõe solucionar.
Divulgar os benefícios que essa ciência proporciona, principalmente aos produtores rurais que não se adaptam ao modelo do agronegócio e optam por uma agricultura muito mais sustentável e conectada com os ideais ecológicos é muito importante. Tornar a homeopatia uma alternativa proveitosa nesse cenário pode reduzir cada vez mais a dependência de defensivos agrícolas e fertilizantes, garantindo além de tudo um retorno financeiro proveitoso. Apoiar o caminho onde agroecologia e homeopatia andam juntas, no panorama atual, pode tornar a produção agrícola cada vez mais limpa e a saúde da população cada vez mais preservada.
REFERÊNCIAS
ANDRADE E CASALI. Homeopatia, agroecologia e sustentabilidade. Rev. Bras. de Agroecologia. 6(1) :49-56 (2011). Disponível em: <>. Acesso em: 30/08/2021.
CARMO, et al. Diálogos Transdisciplinares em Agroecologia. Projeto Café com Agroecologia. 2021. 451 Acesso em: 02/09/2021.
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