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Manejo Agroecológico dos Solos


O manejo do solo é práticas humanas mediante visando a produção agrícola. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, essa prática passou por um período de fortalecimento do uso de químicos na agricultura, da visão que o solo tem somente a função de suporte físico para plantas e da produção de curtíssimo prazo visando lucro. Modelo que teve uma forte influência das ações para agricultura em solos Norte Americanos.

Esse manejo, que se tornou convencional, se propagou por diversos lugares, inclusive no Brasil. Mas ao popularizar esse modelo, disseminou uma prática que foi produzida para solos de clima temperados. Porém o solo brasileiro é tropical, por isso ele é mais profundo, quente, ácido e pobre. Isso não quer dizer que ele é improprio para cultivo, já que a floresta amazônica é um exemplo em biodiversidade. Dessa forma, Ana Primavesi defende que é um erro que quando o homem comece a trabalhar em solo tropical, ele utilize as técnicas feita para solo temperado. Além das críticas ao uso dos químicos na produção agrícola, já que a utilização deles matam os solos, impedindo que os cultivos tenham todos os nutrientes que deveriam ter.


Indo de encontro ao modelo convencional, o manejo agroecológico busca integrar e respeitar todos os ciclos pertencentes à terra; desde o ciclo natural até o conhecimento que o agricultor adquire. Para isso possui algumas técnicas e entre elas se destacam: a cobertura do solo; sucessão, rotação e consórcio de culturas; manejos de plantas espontâneas; sistemas agroflorestais e adubação verde.




A cobertura do solo é importante devido a manutenção da temperatura e umidade do solo e a reciclagem de nutrientes, com a utilização de plantas vivas ou secas. A rotação, sucessão e consorcio de culturas de maneira correta evita o desgaste do solo e ajuda na manutenção dos nutrientes; mas deve-se ter o cuidado de observar quais são as melhores sucessões entre as culturas, já que algumas não são a melhor escolha para se pôr em rotação.

Também o manejo de plantas espontâneas, conhecidas como “ervas daninhas”, que não deveriam ser tratadas como vilãs já que são importantes indicadores do solo e possuem um papel na cobertura do solo; ou seja, não devem ser retiradas, apenas em casos em que os danos sejam muitos altos. Da mesma forma temos o Sistema Agroflorestais que são o cultivo em meio a espécies florestais, que, contribuem para uso adequado dos recursos naturais e otimizam o sol traz visivelmente o princípio da biodiversidade, pois os florestais são utilizados em associação com cultivos agrícolas e/ou animais em uma mesma área (Macedo et al., 2000).

Em combinação a todos os fatores anteriores, a adubação verde, com objetivo de enriquecer o solo com nutrientes essenciais, utiliza de plantas que agem como fertilizante e condicionadores (composição de 5 a 7 espécies diferente e maioria da família das leguminosas), que podem ser deixadas sobre a superfície ou incorporada ao solo. Além de conseguir promover a proteção do solo contra a erosão.

Dessa forma, todos esses manejos possibilitam o solo permanecer rico, com produções verdadeiramente nutritivas e que respeitam tanto a vida do ser humano como a vida da natureza. Para que possamos manejar o solo de acordo a necessidade dele, respeitando principalmente a característica dos solos tropicais, priorizando a biodiversidade, gerando solos vivos e bem agregados que geral culturas com todos os nutrientes.



Autora: Ana Luiza Vilas Bôas

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