Foto: Reprodução
Economia é o conjunto de atividades desenvolvidas pelos seres humanos visando a produção, distribuição e o consumo de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida, já a economia solidária é um movimento social, que luta pela mudança da sociedade, por uma forma diferente de desenvolvimento, que não seja baseado na concentração de renda e poder, mas sim um desenvolvimento para as pessoas e construída pela população a partir dos valores da solidariedade, da democracia, da cooperação, da preservação ambiental e dos direitos humanos.
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O princípio da economia solidária emprega a autogestão, democracia, solidariedade, cooperação, respeito à natureza, comércio justo e consumo solidário. As práticas da economia solidária podem acontecer nas cooperativas, nas usinas de reciclagem, nos centros de tecnologia, nos empreendimentos de artesanato local, entre outros. Em nossas pesquisas achamos duas cooperativas que defendem esta causa: Justa Trama é uma marca de roupas e brinquedos produzidos em algodão agroecológica que envolve cerca de seis organizações e 600 profissionais espalhados por cinco estados do Brasil e a Yougreen, que oferece diversos serviços relacionados à resíduos recicláveis em São Paulo. Podemos observar nos últimos anos quanto mais pobres as famílias e as regiões em que vivem, menos os bancos e outros agentes financeiros fazem parte dos círculos sociais de proximidade nos quais possam apoia-los, pois em suas estratégias de racionalização da oferta financeira centram-se, cada vez mais, em critérios de rentabilidade de curto prazo.
foto de acervo no site: sebrae-sc.com.br
Nos movimentos sociais a educação é autoconstruída no processo e o educativo pode ser observado constantemente na prática cotidiana do movimento, que implica para os envolvidos, entre outros, o aprendizado decorrente do contato com o outro, a descoberta de formas de construção coletiva da agenda do movimento, a discussão e a defesa de valores comuns. Os principais valores disseminados pela cultura, se referem à reciprocidade, cooperação, compaixão, respeito à diversidade, complementaridade, comunidade e amor, ou seja, muitas vezes o desenvolvimento de uma cultura solidária implica numa mudança de cultura, isto é, é preciso abandonar uma série de valores, crenças e atitudes, para introduzir outros e precisamos ter leis que defendam as causas solidárias do país, porque muitas das vezes elas são mal vistas e até desconhecidas pela sociedade pela falta abordagens sobre ela.
foto de acervo no site: daniipollehn.com/ | Créditos : Danii Pollehn
A legislação por exemplo só reconhece e assegura direitos a economia privada, desconhecendo a existência de uma outra economia. Podemos apenas contar com a economia solidária pratica da população, que resgatam práticas de solidariedade, que criam fundos rotativos que promovem a solidariedade e a independência, fundam bancos comunitários com moedas circulantes locais e criando entidades de microcrédito solidários.
O papel da mulher nesse contexto econômico-social tem papel fundamental. Ela deu inicio com a consciência da invisibilidade, da marginalização e do não reconhecimento da independência das mulheres. Muitos grupos de mulheres populares em algum momento de sua existência se empenharam em gerar renda. Este empenho delas, alcançou e abriu a mente de outras milhares, que se uniram e hoje trouxeram a existência vários grupos que potencializam as feiras, promovem seminários, núcleos, entre outros.
foto de acervo no site: pluriverso.online | créditos: AP/Martin Mejia/Peru
Autores:
Liara Andrade de Carvalho e João Pedro Laporte Sousa
Referências:
CARNEIRO, Fernando Ferreira Ferreira; KREFTA, Noemi Margarida; FOLGADO, Cleber Adriano Rodrigues. A práxis da ecologia de saberes: entrevista de Boaventura de Sousa Santos. Tempus Actas de Saúde Coletiva, v. 8, n. 2, p. ág. 331-338, 2014.
Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil - CONIC Fórum Brasileiro de Economia Solidária - FBES - Economia Solidária: Outra economia a serviço da vida acontece | http://base.socioeco.org/docs/cartilha_fbes.pdf
O projeto Cirandas.net: Plataforma livre para o fortalecimento da rede de Economia Solidária e Comércio Justo na Bahia é promovido pela COLIVRE e UFRB com fomentos da Secult e SETRE/Ba. | http://cirandas.net/aprendizagem/topico02/introducao-a-economia-solidaria?view=true
Cartilha sobre Economia Solidária e Feminista - MULHERES TRANSFORMANDO A ECONOMIA | http://www.sof.org.br/wp-content/uploads/2016/02/cartilhaSOFdigital.pdf
Vídeo utilizado como material de estudo sobre Paul Singer: Economia Solidária no Brasil | O vídeo foi elaborado para a Semana de Mudança e Congresso de Economia Solidária e Transformação em Berlim, Alemanha, 2015. | https://www.youtube.com/watch?v=i7J7Pehpdlc&ab_channel=Funda%C3%A7%C3%A3oRosaLuxemburgoBrasileParaguai |
FEA USP | Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo | Avenida Professor Luciano Gualberto, 908 - Butantã - São Paulo/SP - 05508-010 | https://www.fea.usp.br/economia/graduacao/o-que-e-economia#:~:text=Economia%20%C3%A9%20o%20conjunto%20de,e%20%C3%A0%20qualidade%20de%20vida.
Biblioteca – Portal do Consumo Responsável | https://consumoresponsavel.org.br/project/fundo-rotativo-solidario/
Dr. Angela Küster Bänschstr. 14,10 247 Berlin, Alemanha. | https://agroecoculturas.org/economia-solidaria/
Miriam Nobre Agrônoma, mestre pelo PROLAM-USP, técnica da SOF – Sempreviva Organização Feminista, ativista da Rede Economia e Feminismo e da Marcha Mundial das Mulheres | http://www.sof.org.br/wp-content/uploads/2015/07/MULHERES-NA-ECONOMIA-SOLIDARIA-Miriam-Nobre.pdf
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