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Respeito animal na agroecologia!

A agropecuária é um diferencial da produção brasileira. A produtividade alcançada em diversas atividades pecuárias convencionais torna o Brasil um dos principais abastecedores do mercado internacional de carnes. Porém é uma visão voltada a produtividade, fazendo dos sistemas convencionais inadequados aos apelos específicos de consumidores. Desse modo, existe uma preocupação com a qualidade sanitária e ambiental dos produtos. Sendo assim, há uma necessidade de adotar medidas que se encaixem na agroecologia, visando um equilíbrio entre a produtividade, alimentação, bem-estar, saúde e práticas sanitárias.

Pecuária Tradicional: Criação de gado sem preocupação com a genética, com a saúde animal, com a qualidade das pastagens, os animais são criados soltos em grandes áreas sem receber maiores cuidados e com baixa produtividade.

Pecuária Moderna: E a criação a partir de cuidados com a genética, analisando as vantagens da criação de uma determinada raça, utilização de medicamentos, além de acompanhamento de um veterinário. Nesse sistema de criação a área pastoril é de pastagens de qualidade e com elevado índice de produtividade.


Basicamente, o agronegócio apresenta produção centrada na monocultura, na dependência de insumos químicos e na alta mecanização, além da concentração da propriedade de terras produtivas, a exploração do trabalhador rural, consumo não local da produção e não há qualquer preocupação com o bem estar animal.

Para se enquadrar no modelo agroecológico, existem alguns princípios básicos para o manejo da criação animal, como:

  • Respeito ao bem-estar animal e sua qualidade de vida, sendo necessário dispor de instalações funcionais e confortáveis, com alto nível higiênico, em todo o processo criatório;

  • Adoção de medidas preventivas, para o controle de afecções nos rebanhos bovinos e avícolas;

  • Respeitar as normas de saúde pública vigentes no País;

  • Controle de infecções que podem vir a afetar a saúde desse plantel deve priorizar a saúde da criação como um todo, utilizando práticas terapêuticas holísticas (estudos de comportamento, manejo, homeopatia, acupuntura, fitoterapia e outros), procurando obter melhores resultados na produção, sem com isso pôr em risco a qualidade de vida do animal por estresse causado pela meta de altos índices produtivos.

É recomendável que todo sistema de produção adote práticas de produção menos agressivas, que respeitem os recursos naturais e tenham por objetivo a auto sustentação, com vistas a preservar a biodiversidade dos ecossistemas, bem como a saúde do consumidor e obter produtos de alta qualidade, fortalecendo assim as medidas que vêm sendo implantadas em outros setores, que podem amenizar as mudanças globais ocorridas nas últimas décadas. Também é fundamental a redução do emprego dos insumos artificiais dentro da propriedade, requisitados para a manutenção de policultivos anuais e perenes associados, e o aumento ou a manutenção da fertilidade do solo com recursos locais. A introdução de vários tipos de criação e de cultivo otimiza a reciclagem de nutrientes, melhorando a atividade da cadeia trófica por meio do aumento da biodiversidade.


Ícaro e Taís

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