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Valorização da cultura local, juventude rural e agroecologia!

Junto com as tecnologias e conhecimentos importados dos países desenvolvidos, o processo de modernização da agricultura brasileira também trouxe saberes que na maioria das vezes destoavam daquilo que os agricultores tradicionais compreendiam como adequado. Desse modo, de acordo com interesses externos, técnicos e extensionistas fizeram os agricultores abandonarem as concepções e hábitos que possuíam com o intuito de utilizarem as suas inovadoras técnicas de produção. Essas influências sobre o manejo dos agroecossistemas impunham práticas importadas altamente distintas e que não se aplicavam na maioria das propriedades agrícolas familiares. Deste modo, todo esse processo culminou na intensa desvalorização dos saberes que os agricultores acumularam ao longo de suas gerações.

Nesse sentido, e diante de tal processo, novos paradigmas têm colocado essa problemática em pauta. Assim, tem se buscado novos conhecimentos, revelando que esse modelo difundido por meio da modernização da agricultura não é sustentável, tendo em vista os prejuízos na relação entre o homem e a natureza. Logo, se torna imprescindível que formas alternativas de produção sejam colocadas em prática, visando a minimização dos danos ambientais. Sobretudo utilizando os ideais sustentáveis, que priorizam a valorização do agricultor e dos seus saberes, e, ao passo que os mesmos são respeitados, conserva-se os recursos naturais e preserva-se os laços culturais.


Esse modelo sustentável, considera a agricultura familiar como o sistema produtivo ideal para que a eqüidade social seja alcançada, bem como a preservação do meio ambiente e o crescimento da economia. E é dessa forma que a Agroecologia se constitui como um instrumento de mudança social, invertendo o processo de dependência dos técnicos - considerados como únicos detentores do conhecimento - realizando o resgate dos saberes locais dos agricultores. É válido ressaltar que este não é um pensamento bucólico que visa o retorno ao passado, mas sim, uma compreensão crítica baseada na recuperação de aspectos positivos que foram deixados para trás, conscientizando os agricultores e estimulando os mesmos por meio dos extensionistas rurais.

Nesse contexto, uma atitude muito relevante para que a Agroecologia seja promovida e dissipada é a valorização da juventude rural, já que os jovens são os futuros líderes, tanto de assentamentos como de comunidades e outros espaços. Assim, operarão na escolha de decisões e resolução de problemas, realizando a interligação dos aprendizados da Agroecologia e das técnicas agrícolas tradicionais. Entretanto, é importante destacar que essa juventude não é necessariamente uma população específica, mas, um conjunto de processos de interação social, atrelado aos dispositivos associados, realizando essa ação de teor educativo.

Caroline Castro Vieira

Nara Lúcia Fonseca Rebouças

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